Não tem detalhes técnicos da tecnologia e nem comparativos. É mais uma opinião pessoal mesmo.
Acho que já está mais do que claro que eu sou focado nas tecnologias Microsoft e, sendo mais específico, em ASP.NET. Como muita gente me pergunta porque segui este caminho resolvi criar um artigo contando mais ou menos o que aconteceu para eu chegar no combo ASP.NET / C#. Ah sim, é bom adiantar que não vou entrar em detalhes técnicos neste texto.
Tudo começou lá pelo ano 2000, quando estava terminando o segundo grau técnico. Na época eu estava estudando Delphi e Visual Basic (VB) enquanto era muito curioso com relação a web. Nada de servidores ou rede e sim como as páginas funcionavam. Porém, o que eu sabia de web na época era o básico de HTML, zero de Javascript e menos ainda de CSS. Se falarmos de linguagem de servidor eu citaria o CGI mas só porque um colega de classe enchia o saco falando que ele fez um formulário de contato, formulário de cadastro e por aí vai. Enquanto isso eu tinha um site com 5 páginas no HPG.
Só fui perceber que a web seria algo que teria mercado bem no final do curso. E o caminho natural foi o ASP clássico já que eu sabia VB. Veja bem: Eu gostava mais de Delphi do que de VB. Descontando o fato de ter sido apresentado antes para o ASP do que para o PHP, o que me ajudou nessa migração foi o finado Front Page 2000. Na época bastava ter um banco de dados Access que ele o leria e criaria o formulário para, depois, só precisar de uma customização básica. Algo que o ASP.NET MVC tem hoje e a Microsoft chama de scaffolding.
Daí eu resolvi investir: Comprei um livro de ASP 3 (era esse mesmo do link!!). Apesar de não ter avançado tanto quanto gostaria eu tive uma boa noção de quão ruim era o ASP. E juro que desanimei depois de um tempo. Nem tanto pela qualidade duvidosa do ASP 3 (quem se lembra do erro “Parâmetros insuficientes. Eram esperados 1"?), mas pela péssima qualidade do mercado de desenvolvimento web em Vitória. Naquela época eu me sentia muito confortável por lá. Não me via saindo da casa da minha mãe e indo pra São Paulo, por exemplo. Ou até mesmo pra outro país. E foi justamente nesse período sabático de programação que saiu o .NET Framework.
Já na Polônia, em 2006, eu comecei a me reciclar e percebi que tinha que aprender muito mais do que eu achava que deveria: ASP.NET, AJAX, C#, HTML avançado, CSS e por aí vai.
Não foi fácil.
Só que a partir daí o caminho foi mais natural e a Microsoft ajudou bastante com isso. Para quem não sabe ela facilita muito na hora de se começar a desenvolver um projeto. As opções que o Visual Studio tem para um projeto web, por exemplo, são bem variadas. E boa parte das bibliotecas Javascript necessárias já são copiadas por padrão durante a criação do projeto. Some isso ao fato do Visual Studio ter o Nuget facilitando na hora de adicionar novas bibliotecas.
Sem falar do próprio .NET Framework que já existe em todas as máquinas que rodam Windows.
Em 2012 eu tirei meu MCT e passei 6 meses dando aula em São Paulo. Tive a oportunidade de conhecer gente de vários níveis – básico a avançado – que trabalhavam nas mais variadas tecnologias. Foi ótimo pois me deu uma boa visão de como anda o mercado ASP.NET no Brasil: Paga bem, mas tem que conhecer várias tecnologias diferentes. O mínimo que um programador ASP.NET normalmente tem que saber é: ASP.NET/C#, Web Forms/MVC, Javascript, CSS, SQL Server. Variando de básico pra avançado, além de ter conhecimento teórico e prático.
Enfim... É bom deixar claro que não estou dizendo que ASP.NET é melhor do que o que existe por aí. ASP.NET é melhor pra mim pois ela quem valorizou meu currículo, além de pagar minhas contas no fim do mês.